sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Proteção
A distância imposta pelo silêncio é sinal de respeito
É sinal do não querer tecer teias e redes de vento
Magoar pelos limites é melhor do que magoar pela falsa proximidade
É melhor calar uma meia verdade, do que dizer uma doce mentira
Isolamento também é remédio
É uma decisão preventiva, curativa,
Para que a mágoa não vire epidemia
Amor recusado nem sempre é sinal de desprezo,
Mas de proteção, carinho, apreço
Pedir compreensão com o incompreensível é fácil
Compreender é tarefa impossível
É ouvir não esperando um sim
É malhar em fero frio
É secar gelo
Dar murro em ponta de faca...
Mas proteger é não querer usar, enganar
Mesmo sem intenção
Proteger é permanecer sozinha com minha solidão.
Cláudia Figueiredo
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Dor maior
A maior dor não é a física, mas a da alma
Quando a alma adoece, o corpo se ressente, geme
E a garganta expulsa o que o silêncio da alma cala
A dor da alma consome e implode o corpo
Corroi nervos, mente
Faz lágrima rolar
A dor da alma, quando não tratada
Cresce, mata, contamina
Derruba, desatina e atrapalha o caminhar
A dor da alma pra ser curada
Precisa quase nada
Apenas a permissão de desabafar...
Quando a alma adoece, o corpo se ressente, geme
E a garganta expulsa o que o silêncio da alma cala
A dor da alma consome e implode o corpo
Corroi nervos, mente
Faz lágrima rolar
A dor da alma, quando não tratada
Cresce, mata, contamina
Derruba, desatina e atrapalha o caminhar
A dor da alma pra ser curada
Precisa quase nada
Apenas a permissão de desabafar...
Cláudia Figueiredo
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Paz interior
Conta a lenda que um velho sábio, tido como um mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência.
O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo.
Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu no sábio e gritou-lhe todos os tipos de insultos.
Durante horas, fez de tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se. Impressionados, os alunos quiseram saber como o mestre pudera suportar tanta indignidade. O mestre perguntou:
- Se alguém vem até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente?
- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.
- Exatamente. O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando eles não são aceitos, continuam pertencendo a quem os trazia consigo.
Sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir...
Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência.
O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo.
Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu no sábio e gritou-lhe todos os tipos de insultos.
Durante horas, fez de tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se. Impressionados, os alunos quiseram saber como o mestre pudera suportar tanta indignidade. O mestre perguntou:
- Se alguém vem até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente?
- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.
- Exatamente. O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando eles não são aceitos, continuam pertencendo a quem os trazia consigo.
Sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir...
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Quantas emoções...
Uauuu. Hoje foi um dia atípico. Cheio de emoções. Engraçado que nos últimos dias, coisas que eu venho desejando há muito tempo, começaram a acontecer. Fora minha volta com tudo para o Carnaval 2011, meu telefone toca do nada nesta manhã de domingo e um amigo de faculdade, editor do Correio Brasiliense me liga para saber da possibilidade de que eu cobrisse a ocupação da polícia nos morros do Centro do Rio.Topei na hora.
Engraçado que na época das ocupações da Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão, que imprimiram aquele clima de guerra à cidade, fiquei amedrontada. Não saí de casa por uma semana, mas não tirava os olhos da TV. Morria de inveja de meus colegas que estavam ali no front.
Na verdade, eu queria de volta aquela adrenalina, aquele medo que percorre a espinha, que nos faz suar e respirar rapidamente, e nos mantém vivos. A maternidade me trouxe muitas emoções, mas me privou de outras. E me deparo com a volta numa matéria que eu muito desejei.
Embora a ocupação tenha ocorrido de forma pacífica, o que eu fui buscar nos morros de São Carlos, Coroa e Prazeres não foi o factual. Fui atrás de personagens. De histórias que os outros colegas não teriam. E assim foi.
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