quinta-feira, 31 de março de 2011

Aprendendo com os anjos

Postado por Cláudia Figueiredo às 06:37



Resolvi compartilhar o texto que segue abaixo desta introdução, porque é realmente lindo. Às vezes queremos ser a palmatória do mundo, ditar regras, dar lições de moral, magoar pessoas e alguns, creio, que nem se tocam do quanto podem ser ofensivos e destrutivos até mesmo em pequenas atitudes. Sentimentos são muito delicados. São tesouros que devemos proteger a sete chaves. Os nossos e dos outros. Todos os dias, nos expomos mesmo que involuntariamente, aos bons e maus sentimentos alheios, à atitudes que são capazes de ferir profundamente e até irreversivelmente.

Que não venhamos a repetir os que assim agem. Vamos quebrar essas correntes e provar que sentimos e agimos diferente. Ontem tive uma experiência desagradável, mas divina, com certeza. Lanchava com meu filho numa confeitaria, ao sair do hospital, onde minha mãe se encontra internada e uma mulher se aproximou de mim pelas costas. Forte, bem vestida, me pediu imperativamente: "Me compre um lanche". A olhei e sinceramente, não me bateu vontade de atendê-la. Disse: "Não tenho grana". Ela me mostrou duas crianças, de uns 4 e 6 anos. Estranho, mas não me comovi. Furiosa, com minha negativa, dirigiu sua boca ao pé do meu ouvido e me lançou várias maldições. Me conhecendo bem, acho que Deus me anestesiou naquele momento. Fiquei inerte. Segundos depois, ela atravessou a rua e começou a escolher roupas numa loja bem em frente. As pessoas que assistiram à cena, me diziam revoltadas: "Se fosse você, dava uma porrada nela. Vai lá e dá um soco!"... Neste momento, bem que me deu vontade, mas eu nada fiz. Fiquei parada e entendi simplesmente, o porque de não ter sentido desejo de ajudá-la. Ela não merecia e nem precisava. Saiu da loja com uma sacola de roupas, que acabou comprando rsrrs. Loucura!!!

Ao chegar em casa, fui colocar sacos de lixo na calçada para serem recolhidos e vi a seguinte cena: Um catador, rasgava bolsas em busca de recicláveis. Já carregava um saco imenso. E acabou encontrando comida. Fiquei atônita, quando ele começou a devorar seu achado. Aí não aguentei. Confesso que bateu muito nojo e gritei: Pára agora de comer isso, que te dou algo para comer. Ele atendeu. Quando lhe entreguei o prometido, me olhou profundamente e disse: Deus te abençoe!

Entendi de pronto, o que Deus quis me dizer: Que devo sempre ouvir meu coração. Seguir minhas intuições. Deus nos protege a todos... Protege nossos sentimentos e até nossas reações. Quando não dei uma "porrada" na pedinte da lanchonete e não respondi às suas pragas, fui na verdade, grandemente abençoada. Não entrei no jogo de satanás. Já pensou, eu rolando pelo chão como uma moleca? rsrs. Polícia? Escândalo? Eca! Nem pensar!!! rsrsrs...

Um anjo testou meu caráter, em menos de uma hora depois, e esse sim, me trouxe a benção que eu precisava. Nunca devemos negar ajuda a quem precisa. Mesmo que essa pessoa não nos peça.

Confesso que sou uma chorona e pouco depois, li uma frase que me e emocionou, no facebook de uma ex-colega de redação e parceira de vários trabalhos de assessoria. Postei aqui. Depois, ela me mandou o texto inteiro. Vale a pena ler. Deus coloca anjos em nossas vidas para nos ensinar, todos os dias. Basta que realmente queiramos aprender e não nos fazer mestres de falsas verdades. Verdades a serem aplicadas a outros, em nossa visão e não a nós mesmos. A humildade e o amor verdadeiro são a chave para a sabedoria, que um dia poderá nos fazer entender sentimentos como a SAUDADE, descrita abaixo.



Boa leitura...




DEFINIÇÃO DE SAUDADE - artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista

Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação
profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os
dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira
dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que
somos capazes de ir muito mais além.

Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus
primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria
infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos
meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da
minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das
crianças.

Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma
criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos
diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos
programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo
fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos;porém,
isso é humano!

Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto.
Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não
consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
- Tio, - disse-me ela - às vezes minha mãe sai do quarto para
chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai
ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não
nasci para esta vida! Indaguei:
- E o que morte representa para você, minha querida?
- Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do
nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é?
(Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas,
eu procedia exatamente assim.)
- É isso mesmo.
- Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele,
na minha vida verdadeira! Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer.
Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a
espiritualidade daquela criança.
- E minha mãe vai ficar com saudades - emendou ela.
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
- E o que saudade significa para você, minha querida?
- Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição
melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que
fica!
ATITUDE É TUDO!!!
Seja mais humano e agradável com as pessoas.
Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de
batalha.
- Viva com simplicidade.
- Ame generosamente.
- Cuide-se intensamente.
- Fale com gentileza.
- E, principalmente, NÃO RECLAME!

3 comentários:

Claudia on 31 de março de 2011 às 08:30 disse...

lindo Clau

Anônimo disse...

Claudia, que coisa mais linda! Estou impactada! Escreva mais e mais. Você realmente faz a diferença. Uma mulher linda e ao mesmo tempo humilde. Simplifica o complicado, ao confessar abertamente sua saudade. Coisa rara. Porque é mais fácil fingir o que se sente ou omitir. Nota 1000, garota. Se o digníssimo a quem endereça esse sentimento tão lindo não se derreter, é porque deve morar longe demais ou não te merece.
Bjos amiga!!!
ATT: ELIANE DUTRA

Cláudia Figueiredo on 31 de março de 2011 às 10:52 disse...

Saudades do que ainda está por vir...
Bjos meninas!

 

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