sábado, 8 de janeiro de 2011

A decepção da opção

Postado por Cláudia Figueiredo às 17:07

Há um tempo, num reino bem distante, ouvi sobre um homem que pregava sobre a fidelidade às opções e escolhas que fazemos em nossas vidas... Ele sempre falava sobre isso e dada sua credibilidade e a forma contundente com que falava, quem o ouvia, acabava acreditando em sua total sinceridade. Acreditava em sua fidelidade às suas opções, assim também como em seu respeito por elas.

Um belo dia, esse homem que se mostrava sábio, tomou uma atitude insensata e arbitrária. Contrariando tudo o que dizia acreditar e o que pregava, abandonou sua opção. Questionado sobre o que o teria feito tomar tal atitude, ele se limitou a dizer”: “Essa opção não me levará a nenhum lugar que eu deseje chegar”. Inconformado, um interlocutor, insistiu em questionar: “Mas como sabe disso, se o senhor se dizia fiél a ela antes? E o homem, que a essa altura do campeonato se mantinha a firme na atitude de trair sua opção, respondeu: “Baseado em minhas experiências de vida”.

Ainda inconformado com a argumentação, o interlocutor insistiu: “Mas se o senhor é tão experiente, por que insistiu tanto para conquistar tal opção, se poderia no futuro, não ser a mais adequada? O tal sábio, sem ter uma resposta que convencesse o homem, disse: “Eu acho assim e assim o farei”.
O interlocutor inconformado, sem ter conseguido tirar do outro, uma resposta sequer, que lhe fizesse entender sua atitude em traiu sua opção, disse: “Senhor, se trais sua opção é porque na verdade ela nunca foi sua prioridade. Quando nossas opções são prioridades, as levamos à diante. Elas valem mais do que ouro e pedras preciosas. Se o senhor abandona sua opção, sem uma razão concreta está sendo incoerente ao que sempre pregou. E por falar nisso, como fica sua opção?

O homem que se dizia sábio e não conseguia responder satisfatoriamente a seu interlocutor, disse: Minha atitute em abandonar minha opção não precisa ser explicada. Simplesmente mudei de idéia. Minhas razões são minhas”. Tomando a defesa da opção, o interlocutor tentou argumentar: “Senhor, já pensou como se sente sua opção, que até agora não entende porque foi descartada? E o homem se limitou a responder. “Será melhor para ela também”. Exaurido e inconformado, o interlocutor desistiu, pois do homem nada sairia que satisfizesse sua falta de compreensão acerca do assunto. Cabisbaixo, triste e penalizado com o destino da opção, ele simplesmete se retirou da presença do homem.

Por sua vez, a opção, que se achava importante, não entendia o que estava acontecendo com o homem que a tinha feito. De uma hora para outra, sem que nem porque, ela deixou de ser opção e se tornou decepção. Por ter sido desprezada, agora diz ao volúvel homem que parecia sábio: “Não devemos tratar com prioridade a quem nos trata como opção”. E daquele dia em diante, a opção nunca mais acreditou em promessas de lealdade.

Cláudia Figueiredo

3 comentários:

Anônimo disse...

FANTASTICO!!! AMIGA, AMEI!!!
BJS, CLÉO PIRES/ADVOGADA

Mônica Coutinho on 8 de janeiro de 2011 às 19:25 disse...

Muito bom amiga, Parabéns mais uma vez...

Anônimo disse...

E a opção pensava que se tratava de uma decisão, de uma escolha real. Mas pessoas custumam manter suas decisões e não opções. Estas não raramente são trocadas, por isso se chamam opções. Lamentavelmente...

 

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